Era assim
que eu pensava, que a vida era, uma charada! Pronto já disse, uma charada! Uns acham que são melhores que os outros;
depois não morremos, continuamos a viver!!!!
Vá lá a gente entender!!!!... mas
quem é que podia acreditar nisso? Quem?
Onde é que
se ouvia falar disso? Quem falava disso
eram as bruxas cartomantes e afins!!!
Quais espíritos, qual quê?! Até dava azar falar disso, credo! Sempre
tive um medo de arrepiar, e olha agora! Sou um daqueles de que tanto medo
tinha! Bonito! Sim senhor!
E agora
ainda há quem tenha medo de mim, de nós – almas penadas! Pois, não somos mais que isso… tristes e
anedóticas iludidas figuras patéticas… “choramos baba e ranho” em sentido
figurado e em sentido real, do fundo da nossa alma… como é isto possível? Óh Deus, que fiz eu da minha vida?... mas
porque não queria abrir os olhos? Porque não queria acreditar que a vida
continuava? Porque neguei tanto esta verdade… fui daqueles que ficou louco ao
chegar aqui, completamente baralhado… a negação completa de tudo… até da
própria existência… que fiz eu da minha vida…
Não posso
mais continuar assim negando e negando tudo, negando a vida… não há duvida de
que continuo a viver…
(E continua
a chorar, no chão de joelhos. É amparado por dois irmãos espirituais e auxiliares
dos trabalhos, que o levam para a “enfermaria” espiritual. Seguirá
posteriormente para o plano espiritual correspondente ao seu estado evolutivo)