Psicodigitação recebida na AELA a 20.10.2016
Se ando pela estrada e tropeço,
choro!
Se troveja, choro!
Se o vento é poeirento, choro!
Se me dirigem a palavra, choro!
Se me ignoram, choro!
Se tenho fome, choro!
Se tenho sede, choro!
Se tenho sono, choro!
Era assim que eu vivia, só era
“feliz” se me servissem, não “mexia um dedo” fosse para o que fosse! Mas como
raio se espera viver assim? É isto
viver? Não creio!!!
Queridos pais! Deram-me tudo!
Sacrificaram a sua vida em meu favor… e que aprendi eu? Nada! Tornei-me
arrogante, prepotente e verdadeiramente ingrata! Um adulto com menos
sensibilidade do que uma criancinha! Como se pode emburrecer assim?
Agora com emoção, reconheço o amor de
meus queridos pais por mim… era criança de saúde frágil, mas isso não era
desculpa para que eu me acomodasse! Via o sacrifício de meus pais e não me
importei… cada vez mais exigia!!! Podia
ter ajudado, contribuído para a harmonia da família…
Queridos pais, vosso amor cegou-me…
não me deixou sentir a necessidade de lutar pelo que eu queria, pelo que eu
deveria de ser – uma filha grata pelo cuidado e amor recebido… Quem não tem dentro de si a caridade e
respeito em quantidade, deve de aprendê-lo e desenvolvê-lo em si mesmo. Eu sabia que estava a abusar… e continuei
friamente… sem escrúpulo, sem o menor respeito pelo sentimento de meus pais…
Sabem o que ganhei, muito karma para
pagar! Não aprendi nada do que devia,
fechei-me no meu egoísmo e aproveitando-me da minha fraca condição física,
abusei de quem me queria bem… maior é a minha divida…
Pedi para deixar o meu testemunho de
menina mimada. Deixei a vida com 22 anos.
Apelo aos pais que lerem estas palavras, amem sempre os vossos filhos,
mas eduquem-nos, façam os vossos filhos entenderem a importância de serem
responsáveis e de se esforçarem sempre por fazer o seu melhor, seja em que
circunstancia for. Não ajuda ser amado
da forma que eu fui… permitiram que eu abusasse por ter condição frágil…
poderia não conseguir carregar com um saco de batatas, mas podia carregar uma
batata! Poderia não ser capaz de lavar a
roupa, mas podia aprender a dizer obrigada à minha mãe, ou dar-lhe um beijo
quando me dava banho e vestia. Poderia não conseguir cozinhar, mas podia sorrir
a meu pai querido quando me trazia a sopa e ma dava com carinho á boca…
A condição física não é desculpa para
omissões ou prepotências… é no nosso coração que está a força…
Parti com 22 anos, por Deus ter
piedade de meus pais, teria mais para viver, mas não o mereci… poderia ter
fortalecido o meu corpo mas não o mereci…
Agradeço a Deus estar de volta, mais
rapidamente irei recomeçar a minha reencarnação. Temo o que me espera, mas mereço-o e quero
acreditar que aprendi a lição…
Segue amparada por duas jovens
irmãs espirituais. Vai encontrar-se com
familiares seus (avós?) na
Pátria espiritual e recomeçar a sua edução para
reencarnar consciente do quanto
ainda tem para aprender…