Para mim...
Psicografar é apenas um dos aspetos "visíveis" da mediunidade, tal como outros conseguem ver e ouvir o "Invisível".
Qualquer ser humano pode ter a faculdade da mediunidade, é uma característica natural, inata-como a cor dos olhos! Não depende nem do seu credo nem raça.
De acordo com a Doutrina Espírita (ou Espiritismo), a mediunidade deve de ser entendida com racionalidade, respeito,simplicidade e humildade.
http://aela.pt/mediunidade
http://www.acaminhodotemplo.com/forum/index.php?topic=285.0
http://compreendereevoluir.blogspot.pt/2012/03/como-se-processa-psicografia-yvone.HTML
http://www.oqueosespiritosdizem.com.br/index.php/mitos-e-verdades/521-reflexoes-sobre-mediunidade-e-doutrinacao
--> das melhores explicações.
--> deixo um extracto:
..."Mas é preciso também sentir amor, compaixão, piedade e misericórdia por esses irmãos. Sentir, e emanar esses sentimentos, através de nossas vibrações fraternas, sinceras, envoltas em profundo recolhimento e concentração.
O ATO MEDIÚNICO
As comunicações espíritas se dão através do perispírito. Herculano Pires, a quem Emmanuel definiu como “o metro que melhor mediu Kardec”, explica muito claramente o Ato Mediúnico em seu livro Mediunidade, Cap. V, a saber:
“O ato mediúnico é o momento em que o espírito comunicante e o médium se fundem na unidade psico-afetiva da comunicação. O Espírito aproxima-se do médium e o envolve nas suas vibrações espirituais. Essas vibrações irradiam-se do seu corpo espiritual atingindo o corpo espiritual do médium (perispírito). A esse toque vibratório, semelhante ao de um brando choque magnético, reage o perispírito do médium. Realiza-se a fusão fluídica. Há uma simultânea alteração no psiquismo de ambos. Cada um assimila um pouco do outro.”
Como vemos na explicação acima, o espírito comunicante envolve o médium em suas vibrações espirituais, fazendo com que o médium sinta o que ele sente, em maior ou menor intensidade (o grau de intensidade, explica Herculano no Cap. IX, deve-se ao “maior ou menor grau de possibilidade de expansão das energias perispirituais do corpo do médium”).Em uma via de mão dupla, o espírito comunicante não apenas emana suas vibrações, mas também recebe as vibrações do médium, e dos doutrinadores encarnados e desencarnados.
A doutrinação se dá, então, não apenas através da argumentação, mas também através da emanação fluídica. O espírito não é convencido apenas pela razão, mas – e muitas vezes, primordialmente – pelo coração, através das orações e muito especialmente, das vibrações."...
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Outro resumo interessante de uma pessoa que respeito:
- A mediunidade, o medium, as suas caracteristicas...
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e digo eu, o que já aprendi... também com surpresa...
- somos tantos os que não acreditamos que a vida continua,
- somos tantos os que nem nos apercebemos que morremos / que já deixámos o corpo! Pois se
continuamos a falar, ver, sentir, chorar... !!!
- como se podem passar mensagens de consolo e esperança, se os que cá ficam não acreditam
acreditam? É pena... ficam por passar muitas "ultimas palavras" que trariam tanta paz
aos que ficam e as que vão...
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17.05.2015
Testemunho de uma princesa que assumiu ter mediunidade:
http://artigosespiritaslucas.blogspot.pt/2015/05/princesa-assume-mediunidade.html
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A responsabilidade
de ser médium
Um bom médium é a soma de uma mediunidade mais desenvolvida e de disciplina, trabalho árduo, abnegação e amor ao próximo.
Além da mediunidade, o que é preciso para vir a ser um bom médium?
ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA
É fundamental. Existem médiuns que trabalham mesmo sem estudos?
Sim. Porém, não atenderão com tanta facilidade à Espiritualidade Superior, porque ela procura médiuns bem preparados e com conhecimento para que possam trabalhar com eles e transmitam suas mensagens mais facilmente.
Também a falta de estudo deixa o médium exposto à espiritualidade inferior e até a um desgaste maior em relação à sua própria saúde.
REFORMA ÍNTIMA
Qualquer Espírita, mas principalmente o médium, precisa trabalhar a sua reforma íntima. Mudar seus hábitos diários, ter força para enfrentar as recaídas e a sabedoria e perseverança para recomeçar. Aqui faço um parêntesis para dizer o quanto é valiosa a leitura diária d’O Evangelho segundo o Espiritismo.
A reforma íntima auxilia no controle dos pensamentos. Se estes forem elevados, Espíritos bons se aproximam harmonizados no mesmo diapasão espiritual.
RESPEITO À ESPIRITUALIDADE E A SI MESMO
O Médium deve encarar o seu trabalho com profundo respeito, como algo sagrado e elevado.
Deve ter respeito por si mesmo, pela Espiritualidade, e pelo Centro onde opera. Mas, principalmente, deve respeitar e tratar carinhosa e amorosamente quem o procura para ajuda e alívio de suas dores físicas, emocionais e morais.
EQUILÍBRIO
O Médium sabe que está sujeito a críticas devastadoras, que o rasgam por dentro. Um ditado inglês diz “Sábio é o que tem menos expectativas em relação às pessoas e se apoia só em Deus”. O equilíbrio é fundamental para o bom exercício da mediunidade. O Médium precisa lembrar que ele trabalha para Deus e para a Espiritualidade.
ÉTICA
O bom médium deve ser ético por excelência. Cuidar das mensagens recebidas, e a forma como deverão ser transmitidas aos seus irmãos, também no sigilo total quando um irmão lhe expõe problemas íntimos e particulares (principalmente o médium de cura), no respeito por todos, não importando o seu credo. A missão do Médium é a de atender e de fazer o bem sem olhar a quem.
CONSTÂNCIA NO TRABALHO E PONTUALIDADE
Quem quer ser um bom Médium deve e precisa ser pontual nas suas obrigações e assíduo no seu trabalho. A Espiritualidade dentro de uma Casa Espírita se prepara para trabalhar em determinada área e conta com a usual equipe de médiuns. Se o Médium não comparece, causa problemas para si, para a equipe com que trabalha e a equipe dos desencarnados que ali está de prontidão. Além disso, desrespeita quem vai procurar ajuda num Centro.
PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO
Todos os Médiuns precisam preparar-se para qualquer trabalho espiritual.
Em dia de trabalho, em especial, a alimentação deve ser mais leve, e evitadas discussões, sexo, e quaisquer vícios que possam bloquear o cultivo de pensamentos elevados.
AMOR AO PRÓXIMO E PRÁTICA DE CARIDADE
O Espírita, Médium ou não, sabe que deve pautar sua vida pelo amor ao próximo e a prática da caridade, dois pilares que sustentam sua evolução espiritual.
Caridade é compreender e respeitar o próximo, é estender a mão quando é preciso, mas saber também retirá-la na hora certa para não invadir a privacidade alheia. Praticar a caridade é ser amoroso, porém sabendo colocar limites em si mesmo e nos outros.
SER HUMILDE
Muitos Espíritas pensam que ser humilde é se anular por completo, é ser submisso e subserviente – o falso “bonzinho”, que por fora “é um doce”, mas por dentro critica, julga, de coração empedernido - enfim, uma farsa.
Lembremos o Mestre Jesus: foi o mais humilde dos humildes, mas a sua força, os seus ensinamentos, a sua grandiosidade espiritual perduram fortes e firmes até hoje. Ele colocou os seus ensinamentos com muita firmeza e nunca recuou, mesmo quando violentamente ofendido, agredido e crucificado.
CONCLUINDO
Se você quer ser um bom Médium, saiba que será sempre duramente testado e submetido a provas. Porém, seja do BEM e trabalhe para o BEM! A sensação de realização espiritual é algo maravilhoso, divino. E uma sugestão muito pessoal, se me permitem: seja mais criança, menos adulto, abra o seu coração sem medos e o AMOR PURO será derram
Eleni Frangatos
Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/accao-do-dia/a-responsabilidade-de-ser-medium/#ixzz3aUHs3WpJ
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Palestra do responsável do Centro AELA sobre a mediunidade 22.05.2012- gostei do texto:
A MÉDIUNIDADE
E O
DESENVOLVIMENTO OPERACIONAL
Quando se abordam assuntos relacionados com o psiquismo e a espiritualidade indispensavelmente inerente, é inevitável sermos levados à Doutrina Espírita. Esta Doutrina ganhou credibilidade através dos livros da codificação elaborados pelo professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, mais conhecido pelo pseudónimo de Allan Kardec, com a ajuda de entidades astrais que lhe transmitiram ensinamentos através de médiuns absolutamente controlados e comprovados, dentro de processos científicos.
Numa altura em que na europa se faziam práticas psíquicas invocando espíritos, interrogando-os para obterem conselhos de assuntos de natureza egoística mundana, e até como divertimento na alta-roda da sociedade, foi Kardec solicitado por amigos para se dedicar a investigar em profundidade a veracidade da comunicação de entidades espirituais com a dimensão terrena.
Este assunto não era novo, ele existe desde a noite dos tempos. Desse estudo aprofundado apareceu em 1857 o primeiro livro da Codificação Espírita intitulado "O Livro dos Espíritos", assim chamado porque tinha sido ditado pelos espíritos e o qual reproduzia todo um trabalho exaustivo de pesquisa subordinado a uma análise Cientifica, Moral e Filosófica.
A seguir, e cronologicamente, apareceram os outros quatro livros: Livro dos Médiuns em 1861, O Evangelho Segundo o Espiritismo em 1864, O Céu e o Inferno em 1865 e A Génese em 1868, que completam a Codificação Espírita. Mais tarde, depois da passagem de Allan Kardec que teve lugar em Paris em 31-03-1869, foi publicado um livro designado de Obras Póstumas, em 1890, que contém escritos que não chegaram a ser publicados em vida do Codificador.
Deste modo, a prática da comunicação dos espíritos foi retirada do empirismo e praticada rigorosamente pelos estudiosos que aderiram à lógica e racionalidade doutrinal daquilo a que se deu o nome de "Doutrina Espírita".
Por aquilo que nos foi dado conhecer, pensamos que só em Casa Espírita a mediunidade se poderá manifestar seguramente em sua abrangência, porque Allan Kardec legou à Humanidade uma doutrina explícita que cientificou os espíritas, porque são eles que a estudam e a praticam e, por isso, estão preparados para exercer o acompanhamento a necessitados de ajuda e a cada um que deles se acerquem com o intuito de recolher compreensão de como a vida se desenrola, bem como a evolução se processa em função da continuidade da vida após a sua passagem para os planos astrais.
Também aqui a Doutrina Espírita retirou do obscurantismo todas as crenças e superstições que existiam e que infelizmente ainda existem.
Vamos falar do chamado desenvolvimento mediúnico, sob os nossos pontos de vista, de forma sectorial, apontando e definindo os motivos básicos que nos levarão, como pensamos, ao correto exercício da prática da mediunidade em conjunto com todos os complementos que lhe são inerentes.
Mediunidade
Pensamos que a mediunidade é uma faculdade abrangente e que a sua abrangência depende das capacidades do médium em termos de Educação moral, de conhecimentos psíquicos e espirituais, do estudo aprofundado da Doutrina Espírita e não só, e do domínio pleno do seu Ego físico, mental e emocional.
Designa-se por mediunidade a faculdade que, através do psiquismo, permite se manifestem almas desencarnadas, possibilitando a comunicação com a dimensão terrena e vice-versa.
Essa comunicação manifesta-se através dos diversos aspetos mais conhecidos:
Visão
Audição
Perceção
Incorporação
Psicografia
Efeitos físicos - Deslocação de objetos, sua destruição e/ou sonorização.
Premonição
Intuição
Cura (através de passes magnéticos e espirituais)
Psiquismo
Para um bom funcionamento da mediunidade, é importante conhecer que ela está intimamente ligada ao psiquismo e este envolvido pelos conceitos da personalidade existente no médium, que é constituída pelo físico, o emocional e o mental.
Se o médium não tiver o domínio da sua mediunidade pode-se transportar para ações dualísticas de comportamentos aceites pelo Mundo, não só na área do positivo mas também do negativo.
Deste modo importa que o médium esteja altamente consciente de que é, acima de qualquer outra coisa, um Ser Espiritual e que todo o seu desígnio tenha como base uma forte consistência de espiritualidade que lhe permita um caminho absolutamente verdadeiro, correto e honesto e, por via disso, o seu crescimento espiritual.
Há quem tome mediunidade e psiquismo por sinónimos. Nós pensamos que são dois atributos que funcionam em simultâneo e intimamente, e é dessa intimidade que surge a interferência anímica.
Normalmente sempre que um médium se propõe desenvolver em si a mediunidade, as suas comunicações trazem sempre algo de anímico, pertença da sua personalidade. Diremos mesmo que, se o médium não evoluir em conhecimento e preparação mediúnica, as comunicações serão interligadas e trarão sempre algo de si.
Para este assunto deve o médium estar bem preparado pelo estudo teórico e prático que a Doutrina Espírita fornece, porque é este o suporte para os médiuns não resvalarem para atuações mediúnicas impróprias, pois a mediunidade não se pode mercantilizar nem fraudar porque é assunto muito sério.
Espiritualidade
Pensamos que quando se fala em espiritualidade, estamos a focalizar-nos no caminho direto que conduzirá a nossa alma à consciência da Unidade da Vida, à união com Deus, ao centramento do nosso Eu Real com o centramento da consciência absoluta, porque esse centro é o mesmo, "É o Reino do Ser Superior, ou seja, "O Reino dos céus" de que nos falou Jesus.
Paulo de Tarso na Primeira Epístola aos Coríntios em 12,1-31 e 13,1-13, fala-nos dos dons que mais não são do que a diversidade dos tipos de mediunidade, coadjuvados pela espiritualidade - de que, em nossa opinião, todo o médium deverá tomar consciência - dizendo-nos no versículo 31 do capitulo 12: "Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente".
Perante esta tese, que apoiamos totalmente, é importante que a prática mediúnica seja praticada com forte base de espiritualidade, visto o psiquismo estar sujeito às convicções mentais pois é um repositório de estados físicos, mentais e emocionais, quer positivos quer negativos, porque a evolução dos Seres desenrola-se em dualidade para que possa haver meios de comparação.
Por esta prática de dádiva a uma entrega total ao bem comum, sem o sentido egoísta da recompensa, a alma humana naturalmente beneficia porque soube utilizar com sentido superior o seu Dom.
Os Espíritos
Precisamos de saber também o propósito mental e, por via disso, como atuam as entidades desencarnadas que povoam os planos astrais ao manifestarem-se em qualquer fenómeno mediúnico e, sobretudo, as suas intenções possíveis em consonância com o seu estado evolutivo.
A Doutrina Espírita classificou-os em Ordens de Espíritos que teremos que levar em consideração e que relacionamos resumidamente:
Espíritos impuros
Espíritos levianos
Espíritos pseudossábios
Espíritos neutros
Espíritos batedores e perturbadores
Espíritos bons
Espíritos benévolos
Espíritos sábios
Espíritos de sabedoria
Espíritos Superiores
Espíritos Puros
Os planos de matéria densa funcionam como projeções dos planos de matéria subtil que compõem os planos astrais, os quais não podem ser vistos e percebidos pelos órgãos sensoriais dos corpos terrenos.
Como é sabido, o Plano Astral, de matéria subtil, para onde nos dirigimos quando deixamos o nosso habitat terreno, é composto de 7 planos de frequência vibratória tendo, cada um, 7 sub-planos, os quais possuem diversificadamente, no seu conjunto, uma frequência vibratória em consonância com os diversos estados evolutivos dos Seres.
Estas designações dos Seres espirituais acima descritos correspondem às 3 Ordens de espíritos da Doutrina Espírita e dão-nos o conhecimento do estado em que a alma humana se encontra ao deixar os planos da forma de matéria mais densa e, conforme o seu estado evolutivo, determina o plano astral em que se vai alojar, o qual estará de acordo com o seu estado vibratório de frequência energética.
A frequência vibratória dos diversos planos astrais funciona dentro de uma escala energética de tolerância relativa, que se ajustará um pouco mais acima ou abaixo do estado energético real da entidade chegada.
Pela análise destas 3 Ordens de Espíritos a que o Codificador chegou, verificamos que pela mera passagem do ser humano para os planos astrais não deixa de ser aquilo que era nessa altura em sua consciência relativa nos planos da forma densa, continuando a exercer a sua influência em função dos seus conceitos, preconceitos e preceitos mundanos, em conformidade com o seu estado evolutivo, até a um sub-plano mediano do 4º plano astral.
As entidades dos planos astrais inferiores atuam influenciando sub-repticiamente, com intenção malévola e com a ideia de conquistarem os serviços do médium para terem oportunidade de atuar nos mundos da forma, sugestionando não apenas o médium mas também aqueles que os ouvem, para procedimentos impróprios aos valores morais e espirituais, o que leva os médiuns a perder a sua idoneidade.
Mais ainda, se o médium, em vidas passadas, tiver ainda o estigma do suicídio é com facilidade que o arrastam para a aniquilação do corpo somático.
O Médium
Designamos por médium o Ser que medeia a interação entre planos aqui reportados como terrestres e astrais, possuindo a mediunidade ostensiva em um ou mais aspetos dessa faculdade.
A faculdade mediúnica é atributo de todos os Seres, mantendo-se em potência no Ser que a não tem em ostensividade, mas sim potencialmente por não ser uma exigência reencarnatória e portanto não introduzida no plano de vida Kármico, o que não quer dizer que por vezes não tenha perceções e premonições superficiais.
A mediunidade poderá ser "De Graça", ou "De Provação".
De uma forma geral acontece que os médiuns que reencarnam com mediunidade ostensiva vêm com o tipo de mediunidade adequada às necessidades do processo evolutivo impostas pela Lei de Causa e Efeito, com inteiro consentimento do reencarnante.
Muitos deles são seres que sempre se afastaram da espiritualidade que lhes faz falta no seu percurso evolutivo e alguns deles até contradisseram e combateram a religiosidade.
Com mediunidade ostensiva sentem em si mesmo os efeitos psíquicos de que se acham vítimas e vêem-se obrigados a recorrer aos Centros Espíritas, onde encontrarão fraternidade e solução correta para o seu desenvolvimento, aprendendo aí a existência do Criador em tudo que foi creado e a continuidade da vida que é infinita.
Todo o médium que não se aperfeiçoa através do estudo, da prática correta e da sua transformação moral, acaba por ser um doente psíquico e dado como louco.
A de Graça não acarreta sofrimento, ela se apresenta naturalmente na vida da alma reencarnada com um propósito adquirido de elevação sem dor ou sofrimento, num contexto missionário de esclarecimento ou de exemplo de vida, ou ainda em atuação Superior de ajuda ao progresso evolutivo da Humanidade.
A de Provação é a mais frequente e em grande número, porque está sujeita à Lei de Causa e Efeito, sendo portanto um veículo de experienciação do Ser, em que existe sofrimento motivado por comportamentos negativos de vidas anteriores de variada ordem, que dão lugar à interferência de entidades perturbadoras que aproveitam da invisibilidade para se vingarem do médium, muitas vezes com atitudes violentas e quase sempre com interferências obsessoras. (O problema da Obsessão e Desobsessão está tratado noutro escrito com o mesmo título).
Os médiuns não recebem qualquer entidade em termos de incorporação que não estejam dentro da escala da sua frequência vibratória, pois que para isso é necessário que haja uma frequência vibratória comum, médium e entidade, que permita acoplar ao centro de forças a que a entidade se propõe incorporar.
Por esta razão, não se deve fazer transferências de incorporações de entidades entre médiuns desconhecendo-se a frequência vibratória dos intervenientes. Esse procedimento dá lugar a incorporações constrangidas por inadaptação, que produzem mal-estar não só na entidade como no médium e alguns efeitos perniciosos como, por exemplo, a desarmonia dos centros de força de ambos os Seres.
A Lei da Afinidade tem grande importância no processo mediúnico. O médium deverá estar bem consciente e atento porque as entidades, ao apresentarem diversas negatividades e/ou positividades, denotam que se o guia trouxe as entidades para incorporar nele é porque existem também no médium em maior ou menor grau de tolerância, pelo que é uma possibilidade do médium descobrir em si esse estado e proceder à retificação do negativo.
Para uma boa e eficaz incorporação o ritmo respiratório do médium deverá ser ajustado, mais lento ou mais ativo, em presença da envolvência vibratória que o médium está captando. Isto acontecerá com a prática e o conhecimento que o médium vai obtendo.
Sintomas de mediunidade ostensiva
Perturbações no Centro de Forças Laríngeo.
Inchaços Abdominais no Centro de Forças Plexo Solar.
Dores de cabeça setoriais.
Visão de vultos que desaparecem passando.
Acordar de noite, com frequência, completamente manietado.
Ruídos nos aposentos sem explicação plausível.
Sentir manifestação envolvente.
Prisão suave do braço direito ou esquerdo, se for destro ou esquerdino.
Sentir intenção de escrever com envolvimento.
Premonições.
Somos de opinião de que mesmo com a manifestação de alguns sintomas de mediunidade ostensiva, não devemos precipitadamente enviar o doente para uma corrente mediúnica sem primeiro verificar se tem ou não sustentabilidade futura ou é apenas algo de passageiro.
Por outro lado, há pessoas que desejam ser médiuns por motivos próprios e, nessa perspetiva, querem forçar a mediunidade. É um erro deixarmo- -nos ir nesse sentido, porque a mediunidade não deve ser forçada mas apenas manifestar natural e gradualmente todo o seu potencial na medida do aperfeiçoamento do médium em termos de conhecimento e espiritualidade.
Considerandos
Quando, no Centro Espírita, se apresenta alguém pedindo ajuda, torna-se necessário o preenchimento na ficha de inscrição, no setor onde se relatam os motivos, averbar bem explicitado, com rigor, as causas porque pede ajuda.
Não podemos deixar de perguntar se já foi ao médico e, no caso de já o ter feito, qual foi o diagnóstico alcançado e registá-lo também na ficha pois as crenças levam por vezes as pessoas a verem espíritos em tudo.
Se por acaso não tiver ido a nenhum médico, aconselhar o inscrito, a família ou os acompanhantes para o fazerem urgentemente e informar o Centro do resultado.
Como é sabido, se o incómodo dos sintomas mediúnicos não desaparecem e continuam a trazer desconforto e sofrimento à pessoa em causa, pensamos que só a sua preparação espiritual e desempenho prático a levará a compreender que se isso fazia parte do seu plano reencarnatório, deve prestar-se, a esse desenvolvimento, para seu próprio bem, com plena consciência dos seus deveres.
Uma vez comprovada, em sessão para o efeito, a existência de mediunidade ostensiva no chamado doente e sendo-nos dado o seu consentimento para o apoiarmos e esclarecermos no seu aperfeiçoamento, procedendo à sua educação mediúnica, cabe-nos o dever de informar o candidato dos requisitos a que qualquer médium fica sujeito e que serão de sua inteira responsabilidade, nomeadamente:
*Declarar aos responsáveis do Centro Espírita que decidiu desenvolver a sua mediunidade autorizando os respetivos responsáveis do Centro Espírita a proceder em conformidade, porque a mediunidade de cada um é sagrada e só à pessoa cabe a decisão e a responsabilidade da mediunidade programada no seu plano reencarnatório.
*Não faltar nos dias de desenvolvimento mediúnico.
*Antes do início dos trabalhos, ocupar o lugar na corrente mediúnica que lhe foi destinado e concentrar-se, orando a Deus.
*Não se prestar a qualquer ação mediúnica fora do Centro.
*Enquanto estiver sob orientação dos responsáveis do Centro não trabalhar noutro Centro. Quando quiser ir para outro Centro tem absoluta liberdade de o fazer, informando antecipadamente os responsáveis do Centro, o que pode acontecer durante o percurso ou depois de estar em condições de prosseguir por si só. Deus deu ao homem o livre arbítrio e nós devemos respeitar as decisões de cada Ser.
*Frequentar assiduamente as sessões e palestras de esclarecimento doutrinário levadas a efeito no Centro.
*Não hesitar em colocar ao responsável no momento da transmissão de conhecimentos doutrinários, em altura oportuna, as dúvidas a que for sujeito para ser esclarecido.
*Durante o dia em que tem lugar a sessão de desenvolvimento fazer o possível para estar calmo e descontraído, esquecendo todos os problemas que o assediam, bem como ter tratado da sua higiene, antes de se dirigir ao Centro.
*Na sua vida de relação, fazer o possível para a levar dentro dos princípios morais com elevação, preconizados pelo verdadeiro caminho espiritual, porque um médium deve ser um exemplo de vida.
*Para o fazer deve apreender que um médium que reencarnou com mediunidade ostensiva e sofre com isso, só cresce espiritualmente se o seu trabalho mediúnico for devotado a servir e ajudar os seus próximos, tendo como lema a máxima que Jesus nos deixou:
" Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força e amarás o teu próximo como a ti mesmo".
Diz-nos Paulo de Tarso na sua 1ª Epístola aos Coríntios em 13: 1-13.
1 Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que retine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria.
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.
4 A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece.
5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 A caridade nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas¸ havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá:
9 Porque , em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
10 Mas quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três, mas a maior destas é a caridade.
Como se pode deduzir, para além da profundidade destes dizeres que apreende quem pode, importa verificar que Paulo de Tarso não negava os dons que mais não são que os atributos da mediunidade, mas exaltava a possibilidade desses atributos alcançarem a excelência através da espiritualidade baseada na Caridade.
"Allan Kardec deu-nos também a sua máxima: "Fora da Caridade não há Salvação". O médium deverá estar sempre disponível para ajudar, dentro dos requisitos da disciplina mediúnica, que servirá não só o médium mas sobretudo o ajudado.
A mediunidade é pois um fator que, bem compreendido, percebido e praticado em excelso caminho espiritual de serviço à humanidade, poderá levar o médium à sua própria sublimidade. Como tudo, afinal, dependerá apenas do Ser que a exerce:
*Jamais se fazer pagar por qualquer serviço espiritual praticado, nem que seja uma flor com sentido de pagamento, porque dará aos outros tudo aquilo que recebeu e por isso a nada mais será obrigado ou ressarcido, porque apenas fez o seu dever.
*Ter absoluta consciência de que não deverá divulgar os assuntos que se processaram com o esclarecimento das entidades em ajuda e o estado em que elas se encontravam. Sobretudo não explicitar qualquer crítica ou opinião, recebendo só para si a lição que obteve, porque isso apenas diz respeito à entidade que confiou e estava em sofrimento.
*Mais tarde ou mais cedo o médium verificará que na Casa Espírita existe proteção por ação dos Espíritos esclarecidos que atuam no plano Astral, quer como responsáveis espirituais do Centro, quer como Guias dos médiuns, quer como trabalhadores espirituais nos planos astrais.
*Ao deitar-se à noite, o médium atuante nunca se deve esquecer de orar a Deus por todos aqueles que por seu intermédio ascenderam à Luz e por todos aqueles que no futuro o encontrarão disponível para que sejam elucidados.
*Também o deverá fazer antes da abertura da sessão do dia, orando e preparando-se em descontração e recolhimento para espiritualmente encetar o trabalho a executar.
*Deverá manter sigilo de tudo quanto se passou com as entidades que incorporou, porque o que acontece com os outros é exclusivamente da responsabilidade dos mesmos e ninguém tem o direito de divulgar ou ainda de criticar a vida do próximo.
*Deverá estudar em profundidade "A Doutrina Espírita" para estar seguro do seu caminho evolutivo e a vida de nosso Mestre Jesus, da qual retirará toda a essência da verdade que reveste a Doutrina e sobretudo praticá-la diligentemente no seu dia-a-dia, porque só praticando se sabe ou ainda com maior abrangência "Só vivendo se sabe".
*Não deve ser permeável aos elogios das pessoas pelo seu desempenho, e negá-lo de imediato no seu interior porque não deve esquecer a declaração de Jesus no resumo de alguns versículos dos seus ensinamentos: "As coisas que eu faço não sou eu que as faço mas o Pai é que faz as obras, de mim mesmo eu nada posso fazer. O Pai é maior do que eu".
Faz lembrar aquela pergunta que um iniciado fez ao seu mestre: "Conseguirei fazer as coisas que Jesus fez?" E recebeu a seguinte resposta: "Sim, se não julgares que és tu que as fazes".
De tudo o que atrás foi dito, começamos a ficar com dados para podermos proceder a análises não só das entidades comunicantes, como também do progresso do médium.
Embora, de uma maneira geral, os princípios morais a ter em conta sirvam de introdução a qualquer tipo de mediunidade, escolhemos o de incorporação por ser o mais requerido.
Claro que todos os outros têm pormenores diferenciados e especializados mas, para isso, teríamos que escrever apresentações sobre eles em termos individuais, tratando um a um.
É sabido que no fim de uma sessão mediúnica o médium perdeu algumas energias pela execução do seu trabalho psíquico mas não deve ficar preocupado porque o seu guia, ao terminar os trabalhos, procede à limpeza dos fluidos negativos deixados pelas entidades e passada mais ou menos hora e meia já se encontra recuperado.
Apenas focalizamos o curso normal de preparação do médium para exercer a mediunidade, mesmo que se apresente com obsessores, mas que não exercem posturas de violência e desacatos pois, para esses, a preparação já se encontra expressamente explanada num outro trabalho, já atrás referido, intitulado "Obsessão e Desobsessão", para além de dever
ser preliminarmente tratada em especialidade.
É da responsabilidade dos dirigentes do Centro acompanhar e muito apoiar o médium em desenvolvimento, colocando-o na corrente mediúnica e disponibilizando de princípio um doutrinador exclusivo, que dê mais garantias de poder criar com o médium certas afinidades e levar a bom termo aquilo a que nos propomos.
Dizemos doutrinador exclusivo de princípio, porque somos de opinião de que uma vez atingido um ponto considerado aceitável de desenvolvimento, o médium deverá estar apto para que as entidades que em condições de afinidade nele incorporem, possam ser doutrinadas por qualquer doutrinador habilitado.
Quando falamos de doutrinador, estamos falando de alguém que também aprofundou a Doutrina dos Espíritos e está à altura de levar a entidade perturbada à compreensão do seu estado espiritual e do caminho que tem que percorrer para alcançar o seu plano de afinidade astral, bem como da adaptação do médium ao sistema mediúnico.
O doutrinador não só deve esclarecer as entidades como deve também indo esclarecendo o médium de tudo quanto se está a passar informando-o que deve estar atento às vibrações do envolvimento das entidades quando se aproximam para incorporar, pois dessa forma irá percebendo que tipo de entidade se manifesta, porque a sua própria vibração a isso o conduz.
O objetivo a alcançar no desenvolvimento mediúnico é de o médium chegar ao domínio completo da sua mediunidade e poder prever o comportamento das entidades quando se aproximam para incorporar.
Também com esse estudo do que se está passando consigo, na prática mediúnica, chegará a pormenores do estado das entidades como, por exemplo, do modo como passou para o plano astral, se tem ferimentos e onde se encontravam localizados no corpo, bem como outros pormenores.
Por outro lado nenhum médium está isento de ser assediado fora do seu local de trabalho mediúnico e essa particularidade permite-lhe tomar as devidas precauções para não ser perturbado e ser senhor da sua missão mediúnica.
A dada altura o médium começa a perceber que tem ajuda provinda da parte espiritual e, pelo estudo analítico das vibrações das entidades, começa a destacar vibrações muito afinizadas, tranquilas e protetoras, que lhe dão tranquilidade, paz e harmonia. É a aproximação da Entidade Guia que se manteve no anonimato esperando pelo momento certo para se expressar.
A partir daí deve, no princípio e no fim das sessões, ligar-se em pensamento com o seu guia agradecendo a sua ajuda e proteção, sabendo que o guia é o Ser que no astral prepara o seu ambiente e lhe cria as condições para um bom desempenho da sua missão, cabendo-lhe a si, e só a si, tudo o resto.
E assim, supomos que com estes dados que atrás foram descritos, as entidades que do lado astral, por motivos de revanches contra o médium, por causas em vidas anteriores, foram o instrumento de uma plena abertura mediúnica no visado, obtiveram os conhecimentos necessários para saírem da zona negativa em que se encontravam no plano astral, ascendendo ao plano respetivo de afinidade.
Por outro lado o médium atingiu a abertura necessária, a experiência e o domínio da sua mediunidade e também extraiu do seu desempenho mediúnico o conhecimento das suas negatividades, deixando de ser um joguete de entidades ignorantes das Leis morais e espirituais, passando a ser um trabalhador espiritual ao serviço da Humanidade.
Assim se constata que a evolução dos seres coadjuvada pela Lei de Causa e Efeito se resolve por si mesma, numa harmonia Global.
A evolução funciona no Homem em dois sentidos:
1- de fora para dentro pela análise e estudo de tudo que foi creado - ciência do exterior - e é por isso que deveremos estar muito atentos a tudo o que nos rodeia para podermos compreender.
2- de dentro para fora pela ação da alma sobre a matéria - ciência do espírito - a nossa individualidade espiritual em formação - através da intuição e faculdades psíquicas e místicas.
22-05-2012 Abrame
Do vosso Companheiro Hermes
http://www.acaminhodotemplo.com/forum/index.php?PHPSESSID=d515e16560d03d5c67909800660ffa09&topic=285.0
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18.09.2017
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MEDIUNIDADE DE PSICOMETRIA DE CHICO XAVIER, CAPACIDADE DE LER IMPRESSÕES EM PAREDES, CARROS E OBJETOS....
Segundo a definição do Assistente Àulus, a palavra «Psicometria» designa a faculdade que têm algumas pessoas de lerem «impressões e recordações ao contato de objetos comuns». Psicometria é, também, faculdade mediúnica. Faculdade pela qual o sensitivo, tocando em determinados objetos, entra em relação com pessoas e fatos aos mesmos ligados. Essa percepção se verifica em vista de tais objetos se acharem impregnados da influência pessoal do seu possuidor.
Toda pessoa, ao penetrar num recinto, deixa aí um pouco de si mesma, da sua personalidade, dos seus sentimentos, das suas virtudes, dos seus defeitos.
A Psicometria não é, entretanto, faculdade comum em nossos círculos de atividade, uma vez que só a possuem pessoas dotadas de «aguçada sensibilidade psíquica». E a nossa atual condição espiritual, ainda deficitária, não permite esses admiráveis recursos perceptivos.
Quando tocamos num objeto, imantamo-lo com o fluido que nos é peculiar. E se, além do simples toque ou uso, convertermos inadvertidamente esse objeto, seja um livro, uma caneta, uma jóia ou, em ponto maior, uma casa ou um automóvel em motivo de obsessiva adoração, ampliando, excessivamente, as noções de posse ou propriedade, o volume de energias fluídicas que sobre o mesmo projetamos é de tal maneira acentuado que a nossa própria mente ali ficará impressa.
Em qualquer tempo e lugar, a nossa vida, com méritos e deméritos, desfilará em todas as suas minúcias ante o «radar» do psicômetra.
Há um belo estudo de Ernesto Bozzano intitulado «Enigmas da Psicometria», através de cuja leitura nos defrontamos com impressionantes narrativas, algumas delas abrangendo fases remotas da organização planetária terrestre.
O processo pelo qual é possível, ao psicômetra, entrar em relação com os fatos remotos ou próximos, pode ser explicado de duas maneiras principais, a saber:
Uma parte dos fatos e impressões é retirada da própria aura do objeto;
Outra parte é recolhida da subconsciência do seu possuidor mediante relação telepática que o objeto psicometrado estabelece com o médium.
Não tem importância que o possuidor esteja encarnado ou desencarnado.
O psicômetra recolherá do seu subconsciente, esteja ele onde estiver, as impressões e sentimentos com que gravou, no objeto, a própria vida. .
Bozzano demonstra que não são, apenas, as pessoas os únicos seres psicometráveis.
Além do elemento humano, temos:
Os animais, Os vegetais, Objetos inanimados, metais, etc., etc.
O filósofo italiano menciona, na obra citada, extraordinários fenômenos de psicometria por meio do contato com a pena de um pombo, o galho de uma árvore, um pedaço de carvão ou de barro.
Poder-se-á indagar: E se o objeto psicometrado teve, no curso dos anos, diversos possuidores? Com a vida de qual deles o médium entrará em relação ?
Explica Bozzano, com irresistível lógica, que o médiun1 entrará em relação com os fatos ligados àquele (possuidor) cujo fluido se evidenciar mais ativo em relação com o sensitivo.
A esse aspecto do fenômeno psicométrico, Bozzano denominou de «afinidade eletiva».
Pela psicometria o médium revela o passado, conhece o presente, desvenda o futuro.
No tocante à relação com o passado e o presente, qualquer explicação é desnecessária, uma vez que a alínea «a» nos dá satisfatória resposta : o objeto, móvel ou imóvel, impregnado da influência pessoal do seu dono, conserva-a durante longo tempo e possibilita o recolhimento das impressões.
E quanto ao futuro? Devemos esperar essa pergunta.
Aos que a formularem, recomendamos a leitura da alínea «b». Outra parte é recolhida da subconsciência do seu possuidor, mediante a relação telepática que o objeto psicometrado estabelece com o médium.
Essa resposta pede, todavia, um complemento explicativo. Ei-lo:
Toda criatura humana tem o seu Carma, palavra com que designamos a lei de Causa e Efeito, em face do qual, ao reingressarmos «nas correntes da vida física», para novas experiências, trazemos impresso no perispírito - molde do corpo somático - um quadro de inelutáveis provações.
A nossa mente espiritual conhece tais provações e permite que o psicômetra estabeleça relação com essas vicissitudes, prevê-las, anunciá-las e, inclusive, fixar a época em que se verificarão.
Como vemos, não há nisso nenhum mistério. E' como se o sensitivo lesse, na mente do possuidor do objeto, o que lá já está escrito com vistas ao futuro.
Tudo muito simples, claro e lógico. Nenhum atentado ao bom-senso.
Apesar de os diversos temas mediúnicos nos terem levado, algumas vezes, a certas explicações de natureza por assim dizer «técnica», elucidativas do mecanismo dos
fenômenos, não é este, todavia, o objeto fundamental do livro que procuramos escrever, mais com o coração do que com o cérebro.
Desejamos dar aos assuntos mediúnicos feição e finalidade evangélicas.
A nossa intenção é de que este trabalho chegue aos núcleos assistenciais do Espiritismo Cristão por mensagem de cooperação fraterna, de bom ânimo para os desiludidos, de esperança para os que sofrem, de reabilitação para os que rangem os dentes «nas trevas exteriores»...
Assim sendo, compete-nos extrair, das considerações expedidas em torno de tão belo quão admirável tema - Psicometria -, conclusões de ordem moral que fortaleçam o nosso coração para as decisivas e sublimes realizações na direção do Mais Alto.
O conhecimento da psicometria faz-nos pensar, consequentemente, nos seguintes imperativos :
Não nos apegarmos, em demasia, aos bens materiais;
Combatermos o egoísmo que assinala a nossa vida, com a conseqüente diminuição das exigências impostas a familiares, amigos e conhecidos.
Combatermos o egoísmo que assinala a nossa vida, com a conseqüente diminuição das exigências impostas a familiares, amigos e conhecidos.
Em capítulo precedente tivemos ensejo de relacionar o fato daquela senhora que, desencarnada havia muito, «não tinha força» para afastar-se do próprio domicílio, ao qual se sentia presa pelas recordações dos familiares e dos objetos caseiros.
Em «Nos Domínios da Mediunidade», no estudo da psicometria, temos o episódio de uma jovem que, há cerca de 300 anos, acompanha um espelho a ela ofertado por um rapaz em 1700.
Vamos trazer para as nossas páginas parte do relato de André Luiz, a fim de colocarmos o leitor em relação com a ocorrência.
A narrativa é de André Luiz, quando em visita a um museu:
«Avançamos mais além.
Ao lado de extensa galeria, dois cavalheiros e três damas admiravam singular espelho, junto do qual se mantinha uma jovem desencarnada com expressão de grande tristeza.
Uma das senhoras teve palavras elogiosas para a beleza da moldura, e a moça, na feição de sentinela irritada, aproximou-se tateando-lhe os ombros.»
Acrescenta André Luiz que, à medida que os visitantes encarnados se retiravam para outra dependência do museu, a moça, que não percebia a presença dos três desencarnados, mostrou-se «contente com a solidão e passou a contemplar o espelho, sob estranha fascinação».
Com a mente cristalizada naquele objeto, nele polarizou todos os seus sonhos de moça, esperando, tristemente, que da França regressasse o jovem que se foi...
Gravou no espelho a própria vida...
E enquanto pensar no espelho, como síntese de suas esperanças, junto a ele permanecerá.
Exemplo típico de fixação mental.
Relativamente a pessoas, o fenômeno é o mesmo.
Apegando-nos, egoística e desvairadamente, aos que nos são caros ao coração, comemos o risco de a eles nos imantarmos e sobre eles exercermos cruel escravização, consoante vimos no capitulo «Estranha obsessão».
Enquanto os nossos sentimentos afetivos não assinalarem o altruísmo, a elevação, a pureza e o espírito de renúncia peculiares ao discípulo sincero do Evangelho, o nosso caminho será pontilhado das mais desagradáveis surpresas, estejamos na libré da carne ou no Mundo dos Espíritos.
Amar sem idéia de recompensa ; ajudar sem esperar retribuição; pensar nos próprios deveres com esquecimento de pretensos direitos; servir e passar - EIS O ELEVADO PROGRAMA que, realizado na medida das possibilidades de cada um, constituirá penhor de alegria e paz, felicidade e progresso, neste e no plano espiritual.
Reconhecendo, com toda a sinceridade, a nossa incapacidade de, por agora, executar tal programa, forte demais para a nossa fraqueza, podemos, contudo, esforçar-nos no sentido do gradativo afeiçoamento a ele, considerando a oportuna advertência de Emmanuel:
«Se o clarim cristão já te alcançou os ouvidos, aceita-lhe as claridades sem vacilar.»
Ainda Emmanuel recorda que «as afeições familiares, os laços consangüíneos e as simpatias naturais podem ser manifestações muito santas da alma, quando a criatura se eleva no altar do sentimento superior ; contudo, é razoável que o Espírito não venha a cair sob o peso das inclinações próprias».
«O equilíbrio é a posição ideal.»
«A fraternidade pura é o mais sublime dos sistemas de relações entre as almas.»
Colocando Jesus Cristo no vértice das nossas aspirações, aprenderemos, com o Bem-aventurado Aflito da Crucificação, a amar sem exigências, a servir com alegria, a conservar a liberdade da nossa mente e a paz do nosso coração.
Aceitando-o, efetivamente, como Sol Espiritual que aquece, com o seu Amor, desde o Princípio, a Terra inteira, a ninguém escravizaremos.
E a única escravização a que nos submeteremos será à do dever bem cumprido...
Retirado de Estudando a Mediunidade - FEB.
-1:55
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Antonio Carlos Piesigilli está com Júlio de Mattos e 2 outras pessoas.
9 SINAIS QUE A SUA MEDIUNIDADE É EVOLUÍDA.
Hippolyte Léon Denizard Rivail, também conhecido como Allan Kardec, foi um famoso professor, tradutor, pedagogo francês, responsável pela Codificação da Doutrina Espírita, se dedicando profundamente aos estudos do plano espiritual, mediunidade e sensitividade. De acordo com Kardec, todos os seres humanos já nascem com uma determinada pré-disposição para a vidência e mediunidade, o que quer dizer que todos nós temos a oportunidade de desenvolver essas habilidades. Por vezes, essa influência é aparente em formas de “insights”, também conhecidos como intuição.
É muito importante lembrarmos que não temos o intuito de criticar, julgar, muito menos impor verdades absolutas. Nosso objetivo é único e exclusivo de informar e entreter. Por isso, o conteúdo dessa matéria se refere apenas àqueles que se identificarem. Caso você não seja uma dessas pessoas, não há necessidade para críticas, nem julgamentos. Assim como você acredita (ou não) em algo e deve ser respeitado, aqueles que acreditam em algo diferente de você também merecem.
E, foi pensando nas pessoas que acreditam e se interessam pelo assunto é que a redação da Fatos Desconhecidos selecionou uma listinha com 9 sinais que a sua mediunidade é evoluída. Nessa matéria nos referimos apenas à mediunidade sensitiva, que se trata de uma sensibilidade maior ao plano espiritual. Para Allan Kardec “todo indivíduo que sente num grau maior ou menor à presença ou influência do plano espiritual é possuidor de mediunidade sensitiva”. Se você tem alguma dúvida sobre ser ou não um médium sensitivo, confira os itens abaixo:
1 – Você sente ou já sentiu calafrios e arrepios de repente?
Os calafrios e arrepios são uma forma que o organismo possui para, tentar, esquentar rapidamente o organismo quando sentimos um frio repentino. Como se fosse o início de uma gripe. Caso você sinta calafrios e arrepios com uma certa frequência, isso pode indicar maior sensibilidade ao mundo espiritual.
2 – Você já teve a sensação de ouvir os pensamentos de outras pessoas?
Pode parecer uma sensação estranha e, por vezes, não escutamos realmente o pensamento das pessoas, apenas entramos em conexão com ela de uma maneira muito intensa, fazendo com que consigamos entender rapidamente sua linguagem corporal, “adivinhando” o a pessoa pensava. Agora, pessoas com a sensitividade bastante aguçada, podem, realmente, chegar a “escutar pensamentos.”
3 – Você tem a capacidade de captar os sentimentos das pessoas ao seu redor?
Assim como o item acima, conseguir sentir o que o outro está sentindo requer empatia. Uma pessoa empática é, naturalmente, uma pessoa com sensibilidade maior ao plano espiritual. Como consequência de um ser mais evoluído.
4 – Você sente, ou já sentiu, como se estivesse sendo observado mesmo quando não vê absolutamente nada?
Existem as mais variadas formas de mediunidade. Uma delas é ver, outra ouvir, outra emprestar seu corpo físico para que o espírito possa se comunicar, através de escrita e fala, por exemplo. Ter a sensação de que está sempre acompanhado pode ser mais do que apenas uma sensação.
5 – Você costuma acordar com o corpo pesado?
Acordar com o com o corpo pesado pode ser porque seu organismo está passando alguma dificuldade fisiológica ou, talvez, porque você está com uma aura carregada. Existe um campo eletromagnético que circunda todos os seres vivos. A aura é o campo magnético que está ao redor das pessoas. Essa aura pode ficar carregada de energias positivas ou negativas, depende de nossas ações e cuidados. Trata-se de um campo individual, se relaciona diretamente com a moral da pessoa.
6 – Você já teve ou costuma ter sonhos reais e verossímeis demais?
Nem sempre nossos sonhos querem dizer alguma coisa. Podem ser apenas uma válvula de escape para nosso cérebro. No caso da mediunidade, esses sonhos são um tanto constantes e aparentam ser o mais reais possíveis.
7 – Você sofre e toma as dores ao ver os animais sofrendo?
Assim como no item três, as pessoas empáticas possuem a capacidade de sentirem aquilo que o outro sente. E, não necessariamente, apenas com os humanos, com os animais também. Os animais são seres que estão em nossas vidas para nos ajudarem a sermos melhores e evoluirmos cada vez mais.
8 – Você tem mal-estar quando a lugares lotados?
No item cinco falamos sobre aura e energia. Pois bem, quando estamos em lugares lotados, as pessoas sensitivas são mais suscetíveis a receber essas energias, sejam elas positivas ou negativas. Normalmente, à noite, em festas, bares e afins, as energias tendem a ser negativas, o que não quer dizer ser uma regra.
9 – Você sente nervosismo ou tremedeiras do nada e sem motivos aparentes?
O nervosismo e a tremedeira podem se referir à sensibilidade de energias. Sejam elas vindas de indivíduos encarnados como de desencarnados. Por isso, é muito importante estar sempre em dia com as orações, pesamentos positivos e coração limpo. Dessa forma essas forças não serão capazes de lhe fazer mal.
Para uma resposta verdadeira sobre sua condição é necessário que você responda a todas essas perguntas com a maior sinceridade possível. Caso a maioria das resposta tenha sido positiva, saiba que há grandes possibilidades de você ser um médium sensitivo.
De uma forma geral, essas perguntas dizem bastante sobre a relação que você possui com o plano espiritual e à sensibilidade com os espíritos à sua volta. Além de poder confirmar se você tem uma mediunidade aguçada ou não. Caso tenha e esteja interessado em desenvolver suas habilidades, é aconselhável que busque um centro espírita.
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5 CASOS INCRÍVEIS DE MEDIUNIDADE INFANTIL
O CORPO NA ADEGA.
O relato das irmãs Fox, nos EUA, foi o primeiro registro moderno de mediunidade.
1. Em 1847, a família Fox mudou-se para um casebre em Hydesville, vilarejo no interior do estado de Nova York. Em poucos dias, eles começaram a ouvir barulhos de arranhões nas paredes e no soalho e, depois, de passos e móveis sendo arrastados. Com medo, as garotas Kate (1837-1892) e Maggie (1833-1893) passaram a dormir com os pais.
2. As meninas tentaram se comunicar com a "assombração". Kate a desafiou, pedindo que repetisse o número de palmas que batia. Para surpresa de todos, ouviu-se o mesmo total de pancadas. A mãe delas, Margareth, passou a fazer todo tipo de perguntas e propôs que a entidade desse uma "pancada" quando quisesse responder "não" e duas quando fosse "sim".
3. Combinando as pancadas com o alfabeto, Margareth e as filhas resolveram o mistério: tratava-se do espírito de Charles B. Rosma, um vendedor ambulante que havia sido morto com uma facada no pescoço em um dos quartos. A história se alastrou pelo vilarejo e moradores descobriram restos de carvão, cal, cabelos e fragmentos de ossos enterrados na adega.
4. As irmãs foram afastadas da casa, porque se suspeitava que o fenômeno estivesse ligado à presença delas. Kate foi morar com a irmã, Leah, e Maggie, com o irmão David. As pancadas as acompanharam. O corpo de Charles só foi encontrado 56 anos depois, em 1904, numa parede falsa, quando crianças foram brincar na "casa mal-assombrada".
5. Na adolescência, as irmãs passaram a fazer sessões públicas de mediunidade. Kate continuou a realizá-las na vida adulta. Para se livrar do controle de Leah, que agia como sua "empresária", Maggie e Kate chegaram a dizer que o caso de Hydesville havia sido uma fraude. Mas, depois, Maggie recuou e confirmou que o fenômeno havia sido legítimo.
MÉDICO SEM FRONTEIRAS.
O vidente Edegar Cayce absorvia o conteúdo dos livros ao tocar neles e curava doenças a distância.
1. Considerado o maior vidente da história dos EUA, Edgar Cayce nasceu em 1877, em Hopkinsville, Kentucky. Viveu uma infância tranquila, muito apegada ao avô. Mas, aos 4 anos, testemunhou o velhinho morrer afogado em um lago. Desde então, começou a se encontrar com o espírito dele em um celeiro. O vovô vinha lhe contar histórias da Guerra Civil.
2. Com dificuldades na escola, desenvolveu uma habilidade inexplicável: descobriu que, se dormisse com a mão sobre um livro, conseguia "absorver" todo o seu conteúdo. Aos 13 anos, recebeu a visão de um anjo, que lhe disse: "Suas preces foram ouvidas. Seu desejo será atendido. Mantenha sua fé e seja fiel a si mesmo. Ajude o doente e o aflito".
3. A primeira pessoa que ele curou foi a si mesmo. Aos 15 anos, após se machucar na escola, começou a apresentar um comportamento estranho. Numa espécie de transe, receitou ao pai uma mistura de ervas que seria capaz de curar seu ferimento na coluna. No dia seguinte, não se recordou de nada, mas, para espanto dos pais, o remédio caseiro realmente surtiu efeito.
4. Na vida adulta, passou a usar esses transes para diagnosticar doenças raras - mesmo em pacientes distantes. O ritual era sempre o mesmo: ele se acomodava num sofá e afrouxava a gravata. O pai lhe dizia o nome e a localização do doente e Edgar iniciava o diagnóstico com a frase "Sim, podemos ver o corpo". Ao acordar, nunca se lembrava do que havia dito.
5. Ele fez milhares de consultas ao longo da vida, sempre com precisão impecável. Mas nem todos acreditavam. Chegou a ser detido por exercício ilegal da medicina e charlatanismo. Um hospital que havia construído com a ajuda de amigos faliu. No fim da vida, Edgar dedicou seus últimos meses apenas aos diagnósticos, realizando até oito por dia. Morreu em 1945.
ACOMPANHADA PELO ALÉM.
A pequena Elizabeth d'Espérance morava praticamente só... exceto pelos espíritos que ela enxergava.
1. Nascida em 1855, em Londres, a pequena Elizabeth d¿Espérance cresceu numa grande casa de madeira com muitos cômodos vazios. O pai era um capitão de navio e a mãe tinha a saúde frágil e passava os dias acamada. Assim, a menina vivia solitária. Sua maior diversão era brincar de boneca numa das salas e observar as idas e vindas de pessoas estranhas... que só ela via.
2. Ela as chamava de "sombras", porque não conseguia tocá-las. Preocupada com a saúde de Elizabeth, a mãe chamou um médico. A garota lhe contou tudo - falou da "velha senhora" vestida de preto (sua sombra favorita), do cavaleiro com chapéu de plumas e espada, das damas de vestido de seda com rendas... Para seu desespero, o doutor adiagnosticou como louca.
3. A menina passou a ter medo das visões - elas significavam que sua "doença" não tinha sido curada. Depois, passou a considerá-las obra do demônio. Entregou-se às orações e à leitura da Bíblia. Ainda nos tempos da escola, fez sua primeira psicografia: acordou certo dia e descobriu que havia escrito o trabalho sobre o tema "natureza" que não completara na noite anterior.
4. Durante uma viagem em alto-mar com o pai, Elizabeth também teve a visão de um outro navio, prestes a se chocar com o seu. Mas foi após se casar, aos 19 anos, que as "sombras" voltaram com tudo. Ela só aprendeu a lidar com elas depois de descobrir a doutrina espírita. Ficou famosa por suas psicografias e vidências, que a acompanharam por toda a vida.
NASCIDA DE NOVO.
Os transes de quase-morte da carioca Yvonne do Amaral começaram ainda no berço.
1. Yvonne do Amaral Pereira nasceu em 24 de dezembro de 1900, já com uma impressionante capacidade mediúnica. Aos 29 dias de vida, foi dada como morta após ficar seis horas sem pulso e respiração. Só no velório sua mãe notou que ainda estava viva. Ela havia entrado num estado de catalepsia, que lhe permitia fazer viagens astrais.
2. Mesmo mal sabendo falar, aos 3 anos ela já se negava a reconhecer seus parentes. Dizia que seu verdadeiro pai era um senhor de paletó comprido, chapéu alto, cabelos grisalhos e bigode, que só ela via. Chamava-o de Charles. Ele estava quase sempre presente e ela o amava profundamente. Já pelo homem que diziam ser seu pai não sentia nada.
3. Aos 4 anos já se comunicava com vários espíritos. Achava que eram parentes, porque pareciam reais e estavam sempre bem vestidos. Um deles, Roberto, tinha jeito triste e ficava sentado numa cadeira da sala enquanto ela brincava de boneca. Tempos depois, começou a tratá-lo como namorado e, aos 12 anos, passou a psicografar textos dele.
4. A experiência de quase-morte se repetiu aos 8 anos. Acordou só no dia seguinte, lembrando-se do transe como se fosse um sonho. Mas, com o tempo, melhorou a habilidade, começou a recordar-se de quase tudo e perdeu o medo. Aos 14, gostava de passar as tardes lendo no cemitério, onde via os espíritos e orava por aqueles ainda ligados ao corpo em decomposição.
5. Aos 41 anos e com a saúde debilitada, Yvonne entrou num transe que durou dois meses. Nesse período, foi guiada, em espírito, para reviver o próprio suicídio em uma vida passada, no século 19, em Portugal. Viu a si mesma pulando de uma ponte, os pescadores que içaram seu corpo do rio e seu pai chorando diante do cadáver. Era Charles, o espírito que a acompanhava na infância.
PRESENÇA INDESEJADA.
Um dos maiores médiuns do Brasil sofreu com um espírito obsessor desde os 8 anos.
1. Divaldo Pereira Franco nasceu em 1927 e realizou seu primeiro contato aos 4 anos: uma mulher apareceu em sua sala para falar com a mãe dele, Ana. Ele a chamou, mas Ana não viu nada. Contou que a "visita" se identificou como Maria Senhorinha. Era o nome da mãe de Ana, que ela jamais havia revelado a ele. Divaldo também a descreveu em detalhes.
2. Ao longo da infância, teve duas "companhias". Uma era o indiozinho Jaguaraçu, com quem sempre brincava. A família estranhava, mas aceitava. Quando Divaldo completou 12 anos, Jaguaraçu se despediu: iria reencarnar. Foi só aí que Divaldo percebeu que se tratava de um espírito. A amizade continuou: anos depois, o médium o reencontrou, já reencarnado.
3. A outra presença constante, que Divaldo chamava de Máscara de Ferro, surgiu quando tinha 8 anos. Era um espírito obsessor, com a aparência de um sacerdote, que dizia que o odiava e iria matá-lo. O garoto rezava e pedia proteção a Deus. O espírito só se acalmou após 30 anos, quando Divaldo, já adulto, acolheu um bebê que Máscara reconheceu como a reencarnação de sua mãe.
4. Aos 17 anos, Divaldo perdeu o movimento das pernas, poucos dias após a morte de José, um de seus irmãos mais queridos. Médicos não sabiam como curá-lo. Seis meses depois, uma senhora médium, apresentada por sua prima, resolveu a questão: o espírito de José estava agarrado às pernas de Divaldo. Alguns passes foram o suficiente para que ele voltasse a andar.
5. O rapaz só compreendeu suas habilidades quando um primo, também médium, confirmou à sua família que ele não sofria de alucinações. Pelo contrário: Divaldo havia recebido a missão de ser um elo de comunicação com os espíritos. Ele se dedicou aos conhecimentos da doutrina e hoje, aos 88 anos, é considerado um dos maiores médiuns do mundo, com mais de 250 livros psicografados.
ESTA MATÉRIA FAZ PARTE DA REPORTAGEM PEQUENOS GRANDES MÉDIUNS.
FONTESLivrosHistória do Espiritismo, de Arthur Conan Doyle,As Vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior,Mediunidade e Obsessão em Crianças, de Suely Caldas Schubert,No País das Sombras, de Elizabeth d'Espérance, eRecordações da Mediunidade, de Yvonne Pereira; documentárioEdgar Cayce, do canal Biography
CONSULTORIA Walkiria Kaminski, autora dePescadores de Almas, Luis Hu Rivas, autor deCrianças Médiuns: A Historinha Que Deu Origem ao Espiritismo, Martha Rios Guimarães, educadora espírita e membro da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo (USE), e Marta Antunes, vice-presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB)
CONSULTORIA Walkiria Kaminski, autora dePescadores de Almas, Luis Hu Rivas, autor deCrianças Médiuns: A Historinha Que Deu Origem ao Espiritismo, Martha Rios Guimarães, educadora espírita e membro da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo (USE), e Marta Antunes, vice-presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB)
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O QUE É A MEDIUNIDADE INFANTIL? CRIANÇAS QUE CONVERSAM SEM TER NINGUÉM... BRINCAM COM SUPOSTAS PESSOAS...
Segundo a Doutrina Espírita, todo ser humano tem a capacidade de se comunicar com os mortos do mundo espiritual. Não é um dom sobrenatural - é uma habilidade física, ligada à glândula pineal, no centro do cérebro, que capta o sinal do "além" como se fosse uma onda magnética e o converte em percepções. O que difere em cada um é a sensibilidade para interpretar essas percepções. Alguns entendem como pressentimento, um medo repentino ou uma intuição inexplicável. Uma pessoa só é considerada médium quando manifesta esse fenômeno de forma ostensiva, ou seja, quando as comunicações podem ser percebidas de forma clara. Ela pode sentir, ver, ouvir, falar ou ainda psicografar textos ditados pelos espíritos. Não há idade determinada para o início das ocorrências e elas podem rolar mesmo se a pessoa não acreditar na interação com os mortos.
Lá no começo.
A crença na comunicação com espíritos existiu em quase todas as civilizações. Xamãs invocavam curandeiros, profetas recebiam mensagens divinas e pitonisas viam o futuro. Mas o fenômeno só foi estudado com mais rigor científico após o professor francês Allan Kardec (1804-1869) codificar a doutrina espírita e conceitos como imortalidade da alma e evolução por meio de várias reencarnações
Entre dois mundos.
Ainda segundo a doutrina, o processo reencarnatório só se encerra por volta dos 7 anos. Até lá, a criança está ligada tanto ao mundo espiritual quanto ao físico. Por isso, é na infância que mais ocorrem casos de comunicação desse tipo. Isso não significa que ela seja médium - o título só será confirmado no restante da vida, se ela demonstrar essa capacidade de modo ostensivo
As primeiras interações...
As ocorrências tendem a intensificar-se logo que a criança aprende a falar. Visões e audições são as manifestações mais comuns e podem ocorrer juntas. Na maioria das vezes, o pequeno não tem medo algum e não entende por que seus pais também não conseguem ver a presença que ele percebe. Ele não compreende o conceito de morte e por isso encara a "companhia" com naturalidade
Fantasma camarada.
Na infância, as interações tendem a ser positivas. É comum, por exemplo, bebês rirem sozinhos, olhando para o "nada". Em muitos casos, podem estar vendo amigos de vidas passadas ou espíritos protetores. Também são recorrentes as visitas de parentes falecidos ou de amiguinhos espirituais que assumem uma fisionomia mais infantil
Recordações inexplicáveis.
Em alguns casos, o contato pode revelar lembranças pregressas: a criança reconhece gente da encarnação anterior e até renega a atual família. Para Léon Denis, filósofo francês e seguidor da doutrina espírita, a mediunidade também pode estar por trás de prodígios precoces: casos de genialidade podem ser manifestados, mesmo de forma inconsciente, pelo estímulo de espíritos
De tremer a espinha.
"Assombrações" (em especial, aquelas chamadas de "obsessões" pela doutrina) são mais raras nessa fase da vida. Na maioria das vezes, são espíritos sofredores que habitam o mesmo local que a criança. Mesmo que não desejem causar mal, podem provocar medo. Há também os que querem assustá-la para punir alguém da família por alguma dívida passada
Pais e a mediunidade infantil.
MEDIUNIDADE... OU IMAGINAÇÃO?
Como identificar se um "amiguinho invisível" pode ser mesmo um contato espiritual
De olho nos pequenos.
Segundo estatísticas, três em cada dez crianças apresentam "amigos invisíveis" - algo encarado com naturalidade pela psicologia. Então, como diferi-los de um evento mediúnico? Para a vice-presidente da Federação Espírita Brasileira, Marta Antunes, não há uma receita exata: o fundamental é que os pais observem o comportamento dos filhos e conheçam bem sua personalidade e hábitos
Tudo bem.
Segundo a autora espírita e especialista em terapia comunitária Walkiria Kaminski, as crianças que se comunicam com espíritos costumam ser saudáveis, sem sinais de apatia ou depressão. Interessam-se por brinquedos ou jogos tanto quanto as outras. Elas encaram as visões com naturalidade, sem espanto - e ficam até intrigadas com o fato de os pais não serem capazes de vê-las
Tudo mal.
E se as visões forem sinal de uma doença psiquiátrica? Pode acontecer, mas é raro: esquizofrenia só acomete uma em cada 10 mil crianças. E traz indícios mais fáceis de detectar, como desejo por isolamento, depressão, mudanças repentinas de humor... Além disso, as "vozes" ouvidas costumam ser ameaçadoras e o pequenino tem dificuldade de relatar o fenômeno para os adultos
Clube dos solitários.
A imaginação é uma característica comum nessa fase e pode servir como suporte a quem tem pouco ou nenhum contato com amiguinhos da sua idade. A construção fantasiosa também pode rolar quando os filhos não recebem a devida atenção dos pais e passam a maior parte do tempo sozinhos. Assim, as companhias de mentirinha servem para evitar a solidão
MANUAL PARA PAIS PREOCUPADOS.
A principal dica é abordar o fenômeno com tranquilidade - ele passa com o tempo.
1. Para a educadora espírita Martha Guimarães, os pais devem encarar os relatos com naturalidade. Se eles entram na "brincadeira", a criança fica à vontade para dar mais dados sobre o "amigo invisível": nome, aparência, idade... Em alguns casos, ela pode até identificar nos álbuns da família a imagem do espírito como sendo a de um parente já falecido.
2. Evite incutir medo. Ele tem péssimas consequências. Aludir a figuras como "monstros" ou "bicho-papão" pode deixar o(a) garoto(a) com pavor de ficar sozinho(a) ou no escuro. Também se deve evitar dizer que "isso é coisa do capeta" ou que as vozes são "do demônio". Além de apavorar a criança, ela poderá achar que está sendo possuída.
3. É importante achar um equilíbrio. Se os adultos acusarem a criança de mentir, ela pode começar um processo de negação da mediunidade e acreditar que é louca. Por outro lado, eles também não devem incentivar demais a habilidade, para que ela não perca interesse pelo mundo físico ou se sinta forçada a forjar relatos de contatos só para agradá-los.
4. Para quem estiver aberto à ideia, uma sugestão é buscar apoio num centro espírita. A maioria desenvolve trabalhos voltados às crianças que explicam, em linguagem apropriada, a definição de conceitos como mediunidade e vida após a morte. Além disso, a aplicação de passes e orações já é o suficiente para diminuir a frequência do fenômeno.
5. Outra opção é recorrer a um terapeuta profissional. A psicologia nega a existência da mediunidade, mas considera a criação de amigos imaginários natural e positiva. A criança tende a abandonar esse recurso de socialização quando envelhece - geralmente, na mesma época em que a doutrina espírita acredita que o processo reencarnatório se conclui, aos 7 anos.