Nota: a médium passa quase todos os dias por um cemitério e tem por costume fazer uma pequena oração
J…. – 18 anos!
Olha que não gostam que tu peças ajuda para os que estão ali!
Dizem que vão atrás de ti! Que matam a tua família! Não tens medo? Eu tinha!
Um dia fugi! Nem me viram a sair! Há lá mais que querem vir contigo e que tem
medo deles!
Ficam no muro e no portão! Nem nos deixam chegar ao pé das nossas campas!
Nem podemos tocar a nossa família! É mau! É muito mau! Morri de mota! Pensam que foi acidente, mas não! Atirei-me para debaixo de um camião! É melhor assim! Hoje estou arrependido! A minha mãe ficou muito triste! O meu Pai também!
É melhor que tenham a ideia de que foi acidente! Dói menos!
Matei-me porque uma rapariga não gostava de mim!
Fiquei com vergonha! Iam gozar comigo! Fui um fanfarrão e depois gozaram comigo! Tinha uma “língua grande"
A médium entendeu que ele queria dizer que falava muito, gabarola
muitas borbulhas! A garina não me quis! Se calhar não gostava muito dela! Ou gostava! Já não sei! Estou tão cansado de estar aqui escondido!
A fugir, a ver a minha família chorar!
A fugir, a ver a minha família chorar!
A miúda só cá veio uma vez!
Naquele momento chorei! Se eu tivesse sido mais homenzinho talvez a tivesse
conquistado! Fui um tolo! Hoje oiço muitas histórias! Não sei se são verdade ou mentira!
Mas uma coisa eu sei, fiz asneira, fiz asneira da grossa!
Deus vai-me puxar as orelhas!
( A médium tentou doutriná-lo e disse-lhe que um Deus de Amor não castiga, que somos nós que nos avaliamos e que todos erram… a médium ficou com a sensação de que a entidade foi ajudada, de que o vieram buscar.
De seguida o Guia escreveu):
De seguida o Guia escreveu):
Já foi ajudado!
Bom trabalho!
Fica em paz!
Fica em paz!